O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou neste sábado (26) que 24 pessoas, quase todas pagantes, tiveram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) anulado por postar fotos no local de prova. Entre elas, estava um adulto de 39 anos. “É difícil compreender tal atitude. De qualquer forma, continuará sendo assim”, disse. Ele informou que caso haja outros casos confirmados, mais candidatos serão desclassificados. “A qualquer tempo”, completou.
Em entrevista concedida, o ministro disse que o primeiro dia do Enem foi um êxito. “Isso não quer dizer que não tenhamos que trabalhar com humildade, porque o trabalho ainda não acabou. Amanhã ele se reinicia.”
Mercadante afirmou que a prova foi feita em todas as escolas onde havia sido programada. Em alguns locais, houve queda de energia. No Rio, em dois bairros, houve interrupção no fornecimento de água. “Mas todos os problemas foram superados.”
Em Teresina, no Piauí, uma jovem de 20 anos teve de interromper a prova porque entrou em trabalho de parto. A candidata poderá entrar com um recurso e fazer a prova novamente. “Não foi uma surpresa. O MEC havia identificado 713 participantes do Enem com possibilidade de dar à luz durante este fim de semana.” De acordo com ele, nos locais de prova destas gestantes, foi montado um sistema de segurança.
Neste ano, todos os malotes de prova traziam um lacre com GPS que identificava o momento exato da abertura dos envelopes. Mercadante afirmou que 22 mil participantes entraram na internet entre 12 horas e 12h59 para verificar o endereço da prova. “É difícil chegar na hora com esse tipo de improvisação”, disse o ministro.
Mercadante afirmou também que, por decisão judicial do Tribunal Regional da 1ª Região, 96 mil candidatos, por motivos religiosos, iniciariam a prova a partir das 20 horas de sábado (26) em vez das 19 horas, como havia sido inicialmente previsto. “Fomos comunicados às 2 horas, algo que exigiu mudanças na logística para recolhimento das provas.” A decisão era válida para 13 Estados, além do Distrito Federal.