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2017 deve terminar entre os três anos mais quentes do registro histórico

Depois de três quebras consecutivas de recorde de temperatura nos últimos três anos, 2017 não vai fechar como o ano mais quente. Mas isso não é uma boa notícia. A expectativa é que será um dos três anos mais quentes do registro histórico, anunciou nesta segunda-feira, 6, a Organização Meteorológica Mundial, na abertura da 23ª Conferência do Clima da ONU, em Bonn. E 2017 deve fechar com recorde de eventos climáticos extremos.

De acordo com a OMM, relatório prévio do estado do clima mostra que a média global de temperatura entre janeiro e setembro foi de aproximadamente 1,1°C acima que antes da Revolução Industrial.

Por causa do El Niño poderoso, 2016 deve permanecer como o ano mais quente desde o início dos registros. O fenômeno climático também já tinha influenciado as temperaturas em 2015. De modo que 2017 está quente por conta própria, sem ajuda extra. Pela estimativa da OMM, 2017 e 2015 devem ficar com o segundo e/ou terceiro lugar. E o período de 2013 a 2017 já está garantido como os cinco anos mais quentes desde que as temperaturas começaram a ser medidas, em 1880.

A organização lembra que outros indicadores de longo prazo atestam que as mudanças do clima estão em curso, como o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos, além do crescente número de eventos de alto impacto, como os catastróficos furacões e inundações que o planeta teve neste ano, além de ondas de calor e secas.

“Os últimos três anos ficaram no topo em termos de recordes de temperatura. Isso faz parte de uma tendência de aquecimento a longo prazo”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em comunicado distribuído à imprensa.

“Nós estamos testemunhando um clima extraordinário, incluindo temperaturas superiores a 50°C na Ásia, furacões recorde em rápida sucessão no Caribe e no Atlântico alcançando locais tão distantes quanto a Irlanda, devastadoras inundações de monções que afetaram muitos milhões de pessoas e uma seca implacável na África Oriental”, continuou.

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