A sequência de meses quentes no ano passado já tinha deixado claro que 2015 bateria todos os recordes de temperatura e isso acaba de ser confirmado oficialmente pela agência espacial americana (Nasa) e pela agência de oceanos e atmosfera dos EUA (Noaa).
A temperatura média global em 2015 foi 0,9°C mais alta que a média apresentada no século 20, confirmando que o ano foi, de longe, o mais quente da história. A temperatura é ainda 0,16°C mais quente que em 2014, que também já tinha quebrado esse recorde, com 0,74°C a mais, de acordo com análise da Noaa, apresentada nesta quarta-feira, 20.
Considerando os dados da Nasa, a temperatura média foi 0,87°C mais alta que a média apresentada entre 1951 e 1980. Apesar da diferença de metodologia, ambas as medições colocam o ano anterior quebrando todos os recordes do registro de temperatura feito desde 1880. Um olhar sobre cada mês de 2015 também mostra que em dez deles a média também foi maior que a média histórica.
A principal contribuição para a temperatura tão elevada, de acordo com as duas agências, foi a presença de um forte El Niño, fenômeno de aquecimento das águas do oceano Pacífico. Mas segundo os pesquisadores Gavin Schmidt, da Nasa, e Thomas R. Karl, da Noaa, mesmo se não houvesse o El Niño, ainda assim 2015 seria o mais quente porque segue um padrão de aquecimento que vem acontecendo nas últimas décadas causado pelas altas emissões de gases de efeito estufa que provocam as mudanças climáticas.