A Agência Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos confirmou, nesta sexta-feira, 16, que 2014 foi o ano mais quente já registrado, considerando as médias globais de temperatura sobre os oceanos e os continentes. Os registros começaram em 1880 e o recorde anterior havia sido atingido em 2010. As temperaturas de dezembro de 2014 também foram as mais altas já registradas para o mês.

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Ao longo de 2014, a temperatura média global sobre os oceanos e continentes foi 0,69°C mais alta que a média do século 20. A marca foi a mais alta entre todos os 135 anos de 1880 a 2014, superando os picos registrados em 2005 e 2010, quando a temperatura média superou em 0,04°C as médias do século passado.

O aquecimento registrado se espalhou por todo o planeta, incluindo regiões como o leste da Rússia, o Alasca, partes do interior da América do Sul, a maior parte da Europa, o norte da África, partes da costa da Austrália, a maior parte do nordeste do Oceano Pacífico, as áreas equatoriais do centro e do oeste do Pacífico, grandes partes do sudoeste e noroeste do Oceano Atlântico e partes do Oceano Índico.

Em 2014, a temperatura média global sobre os continentes foi 1°C mais alta que as médias do século 20. Essa foi a quarta marca mais alta desde 1880. A temperatura média global sobre os oceanos, em 2014, foi 0,57°C maior que as médias do século 20, alcançando a marca mais alta dos 135 anos de registros, ultrapassando os recordes de 1998 e 2003, que superaram a média do século passado em 0,05°C.

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Segundo a NOAA, todos os 10 anos mais quentes já registrados ocorreram entre 1997 e 2014, o que fortalece a tese de que o aquecimento global é consequência de emissões humanas de gases de efeito estufa.

Outro fato que chama a atenção sobre as altas temperaturas registradas em 2014 é que elas ocorreram em um ano no qual o fenômeno El Niño não aconteceu. O El Niño se caracteriza por um aquecimento anormal do Oceano Pacífico que provoca mudanças nas correntes atmosféricas, afetando todo o clima global.

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De acordo com a NOAA, com o contínuo aquecimento da atmosfera e da temperatura dos oceanos, os recordes de calor de 1998 agora estão sendo ultrapassados a cada quatro ou cinco anos, mas em 2014 foi a primeira vez que um novo recorde foi atingido sem a presença do El Niño.