Brasil vive o melhor dos últimos quatro ciclos, diz Antonio Palocci

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, abriu a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, destacando que o momento atual de crescimento é o mais forte dos últimos quatro ciclos de retomada da atividade econômica. Os quatro ciclos citados pelo ministro foram agosto de 1995, dezembro de 1998, outubro de 2001 e junho de 2003. Para o ministro, O Brasil está desenvolvendo melhor agora a sua musculatura para o crescimento. Primeira autoridade a falar na reunião de hoje do Conselho, Palocci mais uma vez preferiu iniciar a sua exposição fazendo um raio X das condições atuais do crescimento econômico brasileiro.

Ele disse que o processo de crescimento sustentável de longo prazo tem alicerce, paredes e meta. Segundo o ministro, o alicerce desse processo é a estabilidade macroeconômica que o Brasil vem consolidando. Palocci repetiu que essa estabilidade não é um fim em si mesmo mas um alicerce para o processo de crescimento. Ele também falou sobre a retomada na confiança da economia brasileira que vem permitindo a redução do Risco País de maneira significativa. Palocci destacou que o Risco País voltou a patamares inferiores ao de antes da crise de 2002. Para o ministro, o País já caminha para risco menores. Palocci também falou sobre a mudança que considerou fundamental no perfil da dívida pública, citando a redução da dívida atrelada à taxa de câmbio de 40,6% ao patamar atual de 12,5%. “É resultado de um persistente trabalho do Banco Central e do Tesouro para mudar o perfil da dívida”, afirmou o ministro. Ele disse que, em contrapartida à redução da dívida cambial, o governo vem aumentando a parcela da dívida pré-fixada. Palocci falou também sobre a opção do governo pela política de câmbio flutuant e que, segundo ele, tem tido uma repercussão importante nas contas externas.

Ele lembrou que o País já fez “uma correção de mais de US$ 40 bilhões nestas contas externas” e que tem hoje o segundo maior saldo comercial entre os países em desenvolvimento, a trás apenas da Rússia. Palocci destacou também a meta anunciada pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, de se alcançar US$ 100 bilhões em exportações. Outro destaque do ministro aos conselheiros foi a redução que classificou de importante na taxa real de juros de mercado nos últimos 10 anos, que caiu de 21,4% no período de 1994 a 1998, para 15,8% entre 2001 e 2002, 13,2% em 2003 e está agora em 10%.

O ministro também falou sobre a evolução do PIB brasileiro destacando que, nos últimos 12 meses, a taxa de crescimento é de 5,5%. Para demonstrar a força da demanda, ele citou dados do desempenho das vendas no varejo e hipermercados e de móveis e eletrodomésticos.

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