Brasil vive ciclo de crescimento mais forte dos últimos 10 anos

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, voltou a afirmar que o Brasil está vivendo o mais forte e regular ciclo de crescimento dos últimos 10 anos. O secretário acredita que o País tem agora a oportunidade para construir instrumentos e aprimoramentos institucionais que garantam a continuidade do desenvolvimento econômico no longo prazo.

No seminário “Comércio Exterior – A nova abertura da Economia”, realizado hoje na Bolsa do Rio, Lisboa observou que o nível de investimento, que está crescendo o dobro da renda está compatível com o atual ciclo econômico. Ele citou estudos de economistas estrangeiros segundo os quais nem o investimento e nem os juros são causa de crescimento econômico no longo prazo embora a inflação baixa seja importante para isso.

Embora sem falar da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que nesta quarta-feira aumentou a taxa básica de juros, a Selic, para 16,75% ao ano, Lisboa elogiou a atuação do Banco Central no governo Lula e disse que a redução dos juros em relação ao início de 2003 contribuiu para o crescimento econômico já ocorrido. “Uma posição equivocada de política monetária não reduz os juros de mercado. Vimos isso em 2002”, disse, lembrando que no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, apesar de o Banco Central ter mantido a Selic por alguns meses, os juros de mercado subiram.

Para Lisboa, o que induz o crescimento de longo prazo é um conjunto de fatores como o aumento da eficiência institucional, a redução do custo de transação (de abrir, manter e fechar empresas, entre outros) e o crescimento da produtividade. Segundo Lisboa, esse conjunto de fatores induz simultaneamente o investimento e o crescimento, mas não há relação de causa entre investimento e desenvolvimento econômico de longo prazo, mas apenas de curto prazo.

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