Exatos 36% dos automóveis produzidos no Brasil, em 2005, tomaram o rumo dos países compradores desse bem de consumo altamente dotado de inovações tecnológicas. Os números constam de um estudo feito por analistas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgado pelo jornal Valor Econômico.

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O percentual da exportação de automóveis aumentou de 20% em 2000 para 32% em 2004, mas foi no setor de material eletrônico e de comunicações que o desempenho das vendas externas surpreendeu. Puxada pela exportação de telefones celulares, a parcela da produção destinada ao mercado mundial pulou de 17% em 2004 para 31% no ano passado.

Houve também acréscimos nas vendas externas de máquinas agrícolas, equipamentos para a construção civil, aparelhos e material elétrico, esperando-se o breve crescimento do setor de refino de petróleo e álcool. O real forte não preocupa tanto os setores intensivos de tecnologia, mas prejudica bastante o setor intensivo de mão-de-obra, como a produção de calçados e roupas, encaixotada pela concorrência chinesa.

A boa notícia foi, porém, abalada pela manifestação da Volkswagen em fechar fábricas e demitir empregados, deixando com as barbas de molho trabalhadores de Taubaté e São José dos Pinhais.

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