A cerimônia de beatificação de Albertina Berkenbrock, assassinada em 1931 em Imaruí, no sul de Santa Catarina, será no dia 20 de outubro. No final de janeiro, José Luis Gómez Gutiérrez, da Congregação para a Causa dos Santos, havia informado que a beatificação de Albertina e de Lindalva Justo de Oliveira, Adilio Daroncho e do espanhol Emanuele Gómez González seriam realizadas pelo papa Bento XVI em sua visita ao País, em maio.
O documento que reconhece o martírio, condição para que seja decretada a beatificação, foi assinado em dezembro de 2006. O passo seguinte pode ser a santificação, que dependerá da comprovação de milagres, como já aconteceu com Santa Paulina e ocorre agora com frei Galvão
Nascida em 11 de abril de 1919, descendente de imigrantes alemães católicos, Albertina é lembrada por virtudes como modéstia, obediência e devoção.
Aos 12 anos, foi atacada por Indalício Cipriano Martins, o Maneco Palhoça, que tentou violentá-la e, ante a resistência da menina, a matou com uma facada. O agressor foi condenado a 30 anos de cadeia e morreu em 1942.
O fato de Albertina ter resistido à violência sexual é decisivo para configurar martírio. E, uma vez considerada mártir – por ter dado a vida em defesa da fé ou de princípios como a castidade -, não é preciso que a pessoa tenha feito milagre para ser declarada beata. Em documento para a organização católica Santos do Brasil, d. Hilário Moser, bispo da diocese de Tubarão (SC), celebra o heroísmo da menina: ?Seu corpo está manchado de sangue… Sua pureza e virgindade, porém, estão intactas?, diz o texto de d. Hilário.
Albertina Berkenbrock está sepultada em um túmulo de granito na Igreja São Luiz, em Imaruí. O local foi transformado em santuário.