Entidades como a Escola de Bioarquitetura e Centro de Pesquisa e Tecnologia Experimental em Bambu (EBIOBAMBU) e o Ministério do Meio Ambiente estão trabalhando para que o Brasil se associe ao Instituto Internacional do Bambu e Rattan (Inbar). O Inbar é um órgão de pesquisa e desenvolvimento de projetos sociais baseados na utilização de bambu e rattan (espécie de cipó), sediado na China.

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A EBIOBAMBU, localizada em Resende, no Rio de Janeiro, surgiu há três anos, depois de uma visita da fundadora Celina Llerena à Colômbia, onde descobriu o potencial do bambu. A instituição tem como objetivo pesquisar e difundir técnicas de aplicação de materiais ecológicos e renováveis. Hoje a escola possui mais de 40 espécies de bambu e um campo de propagação para a espécie mais cultivada, Guadua angustifólia.

O Brasil possui a maior biodiversidade de bambu da América Latina, com mais de 140 espécies registradas. A parceria com o Inbar pode trazer projetos de desenvolvimento sustentável e integrado com bambu financiado pelo instituto. ?Queremos desenvolver projetos e ensinar as pessoas a trabalharem com o bambu no Brasil. Enquanto a China, que tem grande demanda de bambu, deve expandir este território?, explicou a arquiteta e fundadora da Escola de Bioarquitetura, Celina Llerena.

Celina disse ainda que o Brasil não tem a cultura de usar o bambu como alguns países asiáticos, mas que as pessoas devem aprender o manejo da planta. ?O bambu pode ser utilizado para fabricar desde papel até tábuas. Cada espécie tem uma utilidade. O roblema é que as pessoas cortam plantações de bambu sem ter conhecimento do manejo da planta. O bambu cresce rápido e, se manejado adequadamente, não é preciso replantar?, completou.

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O bambu também pode ser utilizado na fabricação de tijolos, fibras de tecido, alimentos, construção de casas, quiosques, estábulos, entre outros. Mas segundo Celina Llerena, o grande negócio é usá-lo para substituir madeira. ?Isso evita o desmatamento e o bambu é uma planta auto-renovável e auto-sustentável?, afirmou.

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