Brasília – O Brasil vai repassar no máximo 1,5 mil megawatts de energia para a Argentina até agosto deste ano. O mínimo a ser repassado é de 800 megawatts.

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A quantidade de energia que será transferida para o país vizinho foi determinada nesta quinta-feira (2) em reunião entre o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e o ministro do Planejamento, Investimentos e Serviços da Argentina, Julio De Vido.

O encontro serviu para firmar um acordo de entendimento entre os dois países sobre o intercâmbio de energia elétrica, para atender à demanda provocada pelo inverno da Argentina.

A energia cedida ao país vizinho será proveniente principalmente de térmicas a gás e de hidrelétricas, com exceção da que é produzida na Usina de Itaipu, que só pode fornecer energia para o Brasil e para o Paraguai.

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Segundo Edison Lobão, a Argentina irá pagar pela energia recebida ou devolvê-la ao Brasil no final do ano. ?A energia não vai fazer falta para o Brasil e precisamos ajudar os nossos irmãos argentinos.?

O ministro argentino disse que, inicialmente, o país vai solicitar cerca de 800 megawatts ao Brasil, e que o aumento da quantidade vai depender do rigor do inverno. ?Quanto mais cruel for o inverno, mais vai subir a oportunidade de solicitar essa ajuda?, afirmou.

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Ele disse que a transferência de energia é uma decisão estratégica dos presidentes dos dois países e que o o sistema elétrico argentino está muito demandado por causa do crescimento da economia. Julio De Vido afirmou também que o governo argentino está aumentando em 1,1 mil megawatts a capacidade de geração do país, com a inauguração de quatro turbinas.

?Assim, vamos ter uma capacidade de oferta interna maior e, quando vier a etapa de devolução, durante a primavera, vamos ter condições de devolver ao sócio [Brasil] o volume de energia que será cedido na fase mais crítica da nossa demanda?, explicou.

O intercâmbio de energia foi determinado por uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicada na última terça-feira (29) no Diário Oficial da União. O texto diz que o preço pago por cada país seguirá o valor vigente no mercado internacional.

No encontro de hoje, os ministros também trataram da construção de hidrelétricas nos dois países e do aproveitamento do trecho internacional do Rio Uruguai.