Para proteger os interesses de expansão da Vale, o Brasil vai à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a Europa. Nestaquarta-feira (11), em Bruxelas, a União Européia adotará uma nova lei que classifica os compostos de níquel como cancerígenos. Além da nova classificação, a UE vai exigir que todos os fornecedores que queiram exportar produtos químicos à Europa tenham de registrar seus produtos, e alguns podem ser barrados por questões de saúde e ambientais.
Apesar da complexidade do processo de registros de mais de 30 mil produtos químicos, a preocupação primeira do Brasil é com relação à classificação do níquel. Com a nova lei, seis compostos de níquel passarão a ser considerados como ?perigosos?. A lista pode aumentar para 140 compostos até o final do ano. O Brasil, juntamente com a Austrália e outros países, enviou cartas e manteve reuniões com os europeus para evitar a publicação da nova lei. O argumento do governo era de que novos estudos científicos estavam sendo feitos e que provariam que o produto não teria os riscos alertados pela Europa.
Hoje, o Brasil é importador de nÍquel. Mas, com a aquisição da canadense Inco pela Vale, o grupo brasileiro se transformou num dos principais atores do produto no mercado internacional. Além disso, a Vale começa a desenvolver minas de níquel no Brasil e espera poder exportar.