No ano passado, o Brasil teve 29 mil horas de paralisação por causa de 316 greves, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada ontem.

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Desse total, a maioria (51%), ou 161 paralisações, foi na área do funcionalismo público e de empresas estatais. Outras 149 (47%) foram realizadas na esfera privada. Na comparação com os anos anteriores, o número de paralisações manteve-se praticamente o mesmo: foram 320 em 2006, 299 em 2005 e 302 em 2004. A pesquisa não revelou o número de greves por estado.

No setor privado, a indústria foi responsável por 26% do total de greves do ano passado e o segmento de serviços por 20%. Ainda foram verificadas quatro paralisações no meio rural, todas promovidas por trabalhadores canavieiros. O setor de comércio não teve greve registrada no ano passado.

Também no ano passado, foram registradas 88 greves de advertência, aquelas em que o tempo para o encerramento da mobilização é anunciado antecipadamente. A maioria (76%) não ultrapassou o prazo de uma jornada diária de paralisação. Outras 21 greves de advertência implicaram a suspensão do trabalho por tempo superior.

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