O Brasil terá na quinta-feira, pela primeira vez em 13 anos, uma lista oficial atualizada de suas espécies de fauna ameaçada de extinção. Pesquisadores e autoridades de todo o País estão reunidos desde segunda-feira em Belo Horizonte para concluir a nova relação, que promete ser bem maior do que a atual, editada em 1989, com 218 espécies. São 996 pré-candidatas, incluindo diversos grupos de animais não contemplados anteriormente, como peixes e crustáceos.
“Descobrimos novas espécies e aumentamos o leque de pesquisas; portanto é natural que a lista seja maior”, afirma o diretor de Fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), José Anchieta dos Santos. “Por um lado isso é positivo”, analisa Gláucia Moreira Drummond, gerente-executiva da lista pela Fundação Biodiversitas. “Será uma lista muito mais confiável.”
Ao contrário da relação atual – demasiadamente simples – o novo trabalho dividirá as espécies em diferentes graus de ameaça, de acordo com parâmetros estabelecidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN): extinta, extinta na natureza, em perigo crítico, vulnerável, dependente de conservação e baixo risco.