O Brasil dá os primeiros passos para incluir o etanol nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Diplomatas estrangeiros revelaram que os negociadores do Itamaraty já começam a condicionar eventuais flexibilizações na posição brasileira à inclusão do biocombustível ao futuro acordo de liberalização comercial.

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O Brasil se queixa de tarifas de importação aplicadas em vários países, principalmente nos Estados Unidos, que dificultam a transformação do produto em uma commodity internacional. Em 2001 quando a Rodada Doha da OMC foi lançada, o combustível não era uma prioridade no comércio exterior de nenhum país. Apesar das dificuldades nas negociações, funcionários de alto escalão na OMC confirmam que o diretor da entidade, Pascal Lamy, considera que será inevitável que o etanol entre no debate.

As primeiras indicações da estratégia brasileira surgiram nos debates do comitê da OMC dedicado a tratar da relação entre comércio e meio ambiente. Os países ricos estabeleceram uma lista de produtos que, por seu caráter ambiental, poderiam ter maior acesso aos mercados e barreiras reduzidas para exportações e importações. A idéia é de que produtos ambientais sofram barreiras menores que outros bens comercializados entre os países.

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