Brasil tem o 12º mercado de software do mundo

O mercado brasileiro de software e serviços de tecnologia cresceu 24% no ano passado, movimentou US$ 7,41 bilhões e passou a ocupar o 12º lugar no ranking mundial. Em 2004, estava em 15º. A valorização do real frente ao dólar foi responsável por boa parte do aumento. "Sem o efeito cambial, o crescimento foi significativo, de 9%", afirmou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Jorge Sukarie, que encomendou à consultoria IDC um estudo apresentado ontem

No ano passado, a receita líquida consolidada da Totvs, maior empresa de software com capital brasileiro, cresceu 50%, para R$ 219,283 milhões. A Datasul, segunda maior, registrou expansão de 29%, somando R$ 160,757 milhões. Os números da Abes incluem as multinacionais. Foram ouvidas 550 empresas fornecedoras e 780 companhias usuárias de tecnologia da informação

"A venda de serviços cresceu mais que a de licenças", afirmou Sukarie, apontando que a tendência das empresas é trocarem o modelo de venda de licenças para o modelo de software como serviço, onde o cliente paga uma mensalidade, de acordo com o que usa. As áreas que mais cresceram foram a de segurança da informação, de software de gestão (ERP, na sigla em inglês) e voz sobre protocolo de internet. As grandes empresas brasileiras são especializadas em ERP

A IDC projeta crescimento real médio do mercado de 11% ao ano até 2009. Ano passado, o setor de software movimentou US$ 2,72 bilhões e o de serviços correlatos, US$ 4,69 bilhões. O mercado brasileiro de programas para computador representa 1,2% do mundial e 41% do latino-americano. O Estados Unidos, líderes do setor, movimentaram US$ 287,5 bilhões em 2005, o que representou 43% do mercado mundial.

Globalmente, o mercado de tecnologia da informação movimentou US$ 1,08 trilhão, sendo 40,8% serviços, 20,5% software e 38,7% equipamentos. Incluindo equipamentos, o Brasil movimentou US$ 11 9 bilhões no ano passado, o que representou 39% da América Latina.

A política industrial do governo escolheu o software como um dos quatro setores prioritários, com ênfase na exportação. "O número ainda é bastante inexpressivo", disse Sukarie. A venda de licenças de software ao exterior aumentou US$ 10,2 milhões, para US$ 35,6 milhões, e a venda de serviços avançou US$ 41,4 milhões alcançando US$ 142,4 milhões.

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