Brasília – Os brasileiros descendentes de africanos comemoraram ontem, o Dia da Consciência Negra, dia em que também se recorda a morte de Zumbi, um dos principais líderes negros de todos os tempos no Brasil. Segundo o governo brasileiro, ainda hoje, existem 743 comunidades de quilombos no Brasil, com uma população estimada em mais de 2 milhões de habitantes. Pesquisas não oficiais apontam que mais de mil comunidades ainda resistem. A constituição federal de 1988 assegurou aos quilombos o direito à terra em que vivem. A partir de então, 72 grupos conseguiram a titulação das terras, de acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em 93, o decreto 4.887 criou novos critérios para ajudar na demarcação dessas terras. Mas desde sua sanção, em novembro de 2003, nenhuma terra foi titulada, de acordo com o consultor jurídico da secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Jerônimo Girolamo. "Do ponto de vista jurídico não tem mais o que se esperar, já temos os instrumentos legais para trabalhar", afirma.
Brasil tem mais de 2 milhões de remanescentes de quilombos
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