O diretor-técnico executivo da Esic, Carmelo Sánchez, chegou a cinco meses em Curitiba para dirigir a instituição. Antes, ele dedicou 25 anos de sua vida profissional atuando na Espanha, onde a Esic têm unidades nas 13 principais cidades do país.
“Fui chefe de departamento e dava aulas para disciplinas de graduação e pós. Atuei por 25 anos na área de Executive Education”, relata Carmelo, que afirma ter se adaptado bem ao Brasil. “É muito fácil acostumar aqui: as pessoas são muito amáveis e a comida é excelente”, elogia Carmelo que é natural da cidade de Palência.
Carmelo ingressou na Esic como aluno, por indicação de um amigo e do chefe. Era jovem e procurava especialização profissional na Espanha. “Na época trabalhava numa empresa do ramo farmacêutico e fiz o curso de Gestão Comercial e Marketing. Fui contratado como free lancer para desenvolver um plano de marketing por um ano. Quando terminei o projeto, fui chamado para trabalhar na Esic”, relembra.
Duas décadas e meia depois, foi oferecido a Carmelo um novo desafio na sua carreira: administrar a Esic de Curitiba, a única sede da instituição fora da Espanha. “Aos 60 anos, é um desafio, sem dúvida. O Brasil tem importância mundial e merece muito a nossa atenção”, frisou.
Da Espanha, Carmelo acompanhou de perto o processo de instalação da Esic do Brasil. Através de uma parceria, a Congregação dos Padres Dehonianos do Sagrado Coração de Jesus, destinou a sede de um seminário na Vila Hauer para abrigar a escola. O prédio sofreu reforma completa e foi aparelhado com modernas salas de aula, laboratórios e bibliotecas e todos os instrumentos necessários para o aprendizado. Inclusive o silêncio. A região onde fervilha o comércio e a indústria, razão que levou a Prefeitura a fazer pesadas intervenções recentes na região Marechal Floriano uma das principais artérias da região -, também é pródiga pela quietude, o que talvez explique porque os padres dehonianos escolheram o lugar.
A experiência em Curitiba deu muito certo. A grade curricular foi rapidamente reconhecida pelo MEC Ministério da Educação e Cultura e os resultados não demoraram a aparecer. A instituição aparece como a melhor faculdade particular de administração do Paraná.
O país é integrante da Comunidade Econômica Européia e uma experiência dessas sempre turbina um currículo. “O aluno pode fazer um ou dois módulos na Espanha. Ou pode fazer o curso inteiro se quiser. No caso da pós, há conteúdo adicional ao que é oferecido aqui”, diz Carmelo.
Ele acredita que a procura por especialização se manterá em expansão no Brasil, nos próximos anos. “Existe uma demanda muito grande por profissionais nas áreas de engenharia, biotecnologia e marketing. Um levantamento recente apontou que temos 14 milhões de empresas no País e falta gente capacitada para assumir tudo isso”, argumenta.
Reflexo disso na Esic foi o crescimento de 70% na procura no MBA de Gestão Negócios neste ano, em relação a 2009. Para Carmelo, o Brasil está numa fase de forte produção industrial e lembra que a Espanha já viveu esta realidade. Hoje o desenvolvimento do país europeu mira os setores de serviço, turismo, cultura.
Para fazer frente ao mercado, a Esic visita empresas para firmar convênios, tanto na formação para gestão do negócio, quanto para incentivar os trabalhadores a buscar a capacitação e assumir novos desafios dentro da organização.
Al&eacu,te;m disso, está sendo buscado o desenvolvimento de convênio de cooperação com instituições de ensino superior de Curitiba. Trata-se de um programa desenvolvimento de jovens talentos entre Brasil e Espanha. Uma parceria assim já existe com a Faculdade São Luís, de Brusque (SC).