O Brasil é a 70ª economia mais livre do mundo, de acordo com um estudo elaborado com 157 países pela Fundação Heritage em parceria com o Wall Street Journal. Em relação ao ranking do ano passado, o País caiu duas posições. O trabalho, divulgado ontem, traz na primeira colocação, pelo 13º ano seguido, Hong Kong. Em segundo lugar, ficou Cingapura e em terceiro, a Austrália. Os Estados Unidos situaram-se na quarta posição, seguidos pela Nova Zelândia. O país latino-americano melhor colocado no ranking é o Chile, que aparece no 11º posto.
No Índice de Liberdade Econômica de 2007, Hong Kong teve as notas mais altas na maioria dos dez quesitos estudados: liberdade comercial, fiscal, monetária, financeira, de negócios, de investimento, de trabalho, além de respeito aos direitos de propriedade, independência em relação ao governo e corrupção.
Na soma de todas as áreas, a economia brasileira foi considerada 60,9% livre. O número representa uma queda de 0,8 ponto porcentual em relação ao ano anterior. Segundo a fundação, a diferença deveu-se a mudanças na metodologia.
O quesito em que o País teve a pior nota foi corrupção, com 37%. ?A corrupção é percebida como significante (no país). O Brasil figura na 62ª colocação entre os 158 países que aparecem no Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional? diz a Fundação Heritage. A área considerada melhor foi independência do governo, 88,8%.
A página da internet que apresenta o Brasil destaca que o País sofre ?com uma burocracia corrupta e altamente ineficiente, que contribui para notas baixas nos quesitos de liberdade de negócios, de investimentos, financeira e corrupção?. O texto diz ainda que, por causa de sérias inflexibilidades regulatórias, ?começar um negócio demora mais de três vezes do que a média mundial?.
O trabalho destaca que a ?vasta nação democrática possui recursos naturais abundantes, mas é conhecida por sua alta e persistente desigualdade de renda?. ?O Brasil sofre com sérios obstáculos aos investimentos de longo prazo, incluindo um sistema tributário confuso, barreiras ao investimento estrangeiro em alguns setores, gestão governamental nos setores de petróleo e eletricidade, um judiciário fraco e um sistema regulatório complicado.