Brasil se candidata para “sonho” de ter a Copa de 2014

A CBF apresentou oficialmente à Fifa a candidatura a sede a Copa de 2014, e o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, afirmou que o país está "próximo de realizar um sonho". "Estamos no bom caminho e o povo brasileiro merece isso, mas precisamos cumprir as exigências do Caderno de Encargos da Fifa", afirmou o dirigente, na manhã desta quarta-feira, no Japão, onde os dirigentes da entidade máxima.

"Chegamos a um momento muito importante no projeto da candidatura. Estou me sentindo vitorioso por isso, como devem estar da mesma forma os milhões de torcedores brasileiros que sonham em ver um Mundial no nosso país", prosseguiu Teixeira, que foi acompanhado pelo presidente da Conmebol, Nicoláz Leoz, e do secretário-geral, Eduardo de Luca, para comprovar que a candidatura brasileira conta com o apoio de toda a América do Sul, continente que ganhou da Fifa o direito de sediar o Mundial de 2014.

"Até a Argentina, nosso clássico rival, está nos apoiando", brincou Teixeira, que enfatizou o fato de a campanha brasileira contar com o apoio do governo federal. "O presidente Lula já deu várias vezes a prova de que será um agente fundamental para a realização da Copa do Mundo, e a iniciativa privada dará a resposta que, tenho certeza, será positiva para a implementação de ações que lhe competem", afirmou o dirigente, sem especificar a quais ações se referia.

Teixeira e Leoz lembraram que o Brasil sediou a Copa pela última vez em 1950, e que a América do Sul não recebe a principal competição do futebol desde 1978, na Argentina. "Ter um Mundial em nossa região é de uma importância excepcional", afirmou o presidente da Conmebol. "A rivalidade em campo continua, mas cremos que o Brasil tem o direito de organizar a Copa e os ajudaremos na organização", completou De Luca.

O prazo para apresentação de candidaturas segue por mais dois meses, e até junho o Brasil deverá apresentar seu projeto definitivo para a Copa. A escolha será feita em novembro, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já afirmou que o fato de, aparentemente, ser o candidato único, não dá ao Brasil o direito de relaxar. Blatter já admitiu que, se nenhum país sul-americano tiver condições de organizar a Copa, não hesitará em mudar o continente-sede – o Canadá e a Austrália já se ofereceram para receber o Mundial.

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