São Paulo – O índice de cheques sem fundos no Brasil em março apresentou alta de 33,73% na comparação com o mês anterior. Esta informação faz parte de pesquisa mensal da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, que registrou indicador de inadimplência de 3,41% no período, enquanto em fevereiro o índice foi de 2,55%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o estudo apontou uma queda de 8,58%, quando o índice chegou ao patamar de 3,73%.
"Como reflexo das compras parceladas no final do ano e dos tradicionais compromissos financeiros no primeiro trimestre, como IPTU, IPVA, despesas com escola, etc, este período apresenta tipicamente maiores índices de inadimplência. No entanto, é importante avaliarmos que houve uma significativa queda comparando-se com o mesmo período do ano passado, e isso demonstra que o consumidor tem feito suas compras com mais controle e cuidado", explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque.
No levantamento de março, todos os 19 Estados pesquisados pela Telecheque apresentaram elevação da inadimplência, com base nos indicadores apurados em fevereiro. O Rio Grande do Norte destacou-se com o maior crescimento das transações financeiras realizadas com cheques sem fundos. Com índices de 3,18% em março e 1,01% em fevereiro, o Estado registrou aumento de 214,85%.
Em segundo lugar, Pernambuco registrou alta de 131,29%, justificada pelo índice de 6,43% em março e de 2,78% no mês anterior. Na terceira colocação, Sergipe apresentou aumento do indicador de cheques sem fundos em 58,46%. Em março, o índice foi de 3,09% e em fevereiro, de 1,95%.
Na comparação anual, oito Estados também registraram alta na movimentação de cheques sem fundos. Mato Grosso figurou como a região com maior elevação, de 175,56%. O Estado foi acompanhado por Pernambuco, onde o crescimento da inadimplência com cheques foi de 100,31%, e a Paraíba, com alta de 81,18%.