Brasil recebe Bush, mas recusa oposição a Chávez

Depois de o presidente dos EUA, George W. Bush, ter feito críticas abertas ao presidente Hugo Chávez, o governo brasileiro fez questão de reafirmar que a aproximação dos Estados Unidos não significará distanciamento da Venezuela. O País ?não tem relações excludentes?, disse ontem a ministra Dilma Rousseff, num claro recado à Casa Branca. Na véspera, Bush havia dito ao jornal O Estado de S. Paulo e a outros quatro jornais latino-americanos que o estatismo de Chávez só trará miséria à região. Ontem, o subsecretário Thomas Shannon acusou o venezuelano de ?comprar favores?.

Bush inicia hoje, por São Paulo, um giro por cinco países visando a combater a influência crescente do presidente da Venezuela. Antes de deixar os EUA, o presidente americano anunciou pacote de medidas assistencialistas que inclui financiamento para moradias populares e envio de um navio-hospital à região.

No Brasil, a agenda de Bush tem ainda outro foco: iniciar parceria para produção de etanol em escala continental, criando uma barreira econômica a Chávez e seu petróleo, ao mesmo tempo em que diminui a dependência do Oriente Médio. Mas a sobretaxa nas exportações aos EUA promete contrapor Lula e Bush.

Para o paulistano, a visita traz dois dias difíceis. O esquema de segurança inclui a interdição de vias até para pedestres e a proibição de aeronaves num raio de 5 quilômetros em torno do local onde estiver o presidente mais poderoso do mundo.

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