O Brasil possui 85% de seu rebanho livre da febre aftosa, apesar da doença estar se alastrando cada vez mais pelo mundo. De acordo com o novo Secretário de Defesa Agropecuária do ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, a meta é chegar a 100% até 2006. "Estamos trabalhando para manter o espaço de quem está livre da febre aftosa sem vacinação, como é o caso de Santa Catarina e de mais 14 estados que estão livres da febre aftosa com vacinação", relata Gabriel.

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O secretário acrescentou que o país possui uma estrutura boa para entrar na guerra contra a aftosa e é por isso que o governo vem mobilizando toda a sociedade. "O objetivo é que essa guerra seja silenciosa mas decisiva, fazendo com que a doença não acabe com a pecuária no Brasil", declara.

Para Gabriel, o Brasil tem avançando muito na busca pelo controle da doença. Disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, têm lutado com os demais presidentes de outros países, como Paraguai e Bolívia, para que a aftosa não se expanda por países vizinhos e nem chegue até o Brasil por meio de fronteiras.

"Em relação à exportação da carne, nós temos que trabalhar fortemente na questão sanitária. Já que o Brasil vem aumentando suas exportações, o combate à doença deve ser cada vez mais rigoroso", diz o secretário de Defesa Agropecuária.

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"Nós temos um nível de competição muito forte, todo mundo quer ganhar o seu mercado e suas oportunidades. Até porque o Brasil hoje lidera as exportações de carnes, de aves e de bovinos, ultrapassando a Austrália, e isso realmente transforma esses países como inimigos comerciais" explica o secretário.

De acordo com Gabriel, "todo mundo está de olho no Brasil e é por isso que o país busca estar cada vez mais atento e mais determinado, para que se possa não só manter um nível de exportação alto, como também cada vez mais ampliar a abrangência que o Brasil atinje no mercado internacional".

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A febre aftosa é causada por sete tipos diferentes de vírus altamente contagiosos e pode dizimar criações inteiras de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Um dos menores vírus encontrados na natureza, o aftovírus, permanece ativo na medula óssea do animal, mesmo depois de morto. Raramente atinge o homem, que tem defesas contra o vírus. A doença causa febre alta, muita salivação e vesículas nos lábios, gengiva, língua, mamas e patas dos animais, sintomas que podem durar 10 dias. A doença impossibilita os animais de pastar, causando perda de peso e diminuição da produção de leite.