Brasília – O governo federal quer aumentar o fluxo comercial brasileiro com a Suíça. Hoje esse país europeu é o 38º importador dos produtos brasileiros. Para isso, foi lançado hoje pelo Ministério das Relações Exteriores, em parceria com a Câmara de Comércio Suíço-Brasileira, durante workshop, o guia ?Como exportar para a Suíça?, cuja importância foi ressaltada pelo cônsul geral daquele país no Brasil, Klaus Bucher.

Segundo revelou, cada US$ 1 bilhão em média exportado corresponde a 60 mil empregos diretos criados e a outros milhares indiretos.

Além de informações gerais, o guia traz dados sobre a relação econômico-comercial entre o Brasil e a Suíça, comércio exterior, impostos e taxas de exportação, recomendações e dicas às empresas brasileiras sobre como acessar o mercado suíço.

Klaus Bucher frisou que o guia ?é um verdadeiro passo-a-passo da exportação, particularmente para as pequenas empresas, mostrando como é fácil exportar para a Suíça, onde é pequena a burocracia na área comercial?.

O diretor Superintendente do Sebrae/RJ, Paulo Maurício Castelo Branco, declarou que o incentivo à exportação é prioritário para a entidade, que visa a promover a educação empreendedora e a cultura de cooperação entre as MPEs fluminenses. Castelo Branco reiterou a necessidade de redução da carga tributária para as pequenas empresas, de modo a facilitar a realização de negócios com outros países.

O coordenador-geral de Apoio à Promoção das Exportações do Ministério do Desenvolvimento (Apex), Arthur Pimentel, revelou na ocasião que o Radar Comercial é a ferramenta que o MDIC está utilizando para traçar projetos de exportação específicos para os estados brasileiros, prospectando o mercado externo com uma visão de curto prazo, que identifica quais produtos podem ser colocados à venda no exterior com rapidez e preços competitivos. Pimentel informou que, na próxima semana, o Ministério deve concluir o estudo que apontará os setores e produtos que poderão reforçar o comércio com a Suíça.

Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que a corrente comercial suíço-brasileira é deficitária para o Brasil. No ano passado, as exportações brasileiras para aquele mercado somaram US$325 milhões, decréscimo de 27,1%, destacando os produtos semimanufaturados (US$156 milhões) e manufaturados (US$115 milhões).

Os principais produtos embarcados foram alumínio (US$99 milhões), aviões (US$19 milhões), carnes bovinas (US$19 milhões) e suco de laranja (US$13 milhões). Já as importações aumentaram 5,2%, alcançando US$934 milhões, com grande concentração (96,9%) dos produtos industrializados. Medicamentos, turbinas e hulha foram os principais produtos suíços importados pelo Brasil em 2003, revelou Arthur Pimentel.

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