O coordenador da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, disse hoje que para os próximos anos a tendência é de que haja um acirramento da concorrência entre a indústria brasileira e produtos da China. Essa disputa se dá tanto no mercado interno quanto no internacional. "Por isso é preciso criar condições para enfrentar essa concorrência", afirmou.

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Castelo Branco ressaltou que não dá para colocar salvaguardas, por exemplo, em todas as importações da China. A solução, na avaliação do técnico, é melhorar a capacidade de competição das empresas brasileiras. "As indústrias já estão fazendo a sua parte, reduzindo seus custos e investindo em qualidade. Mas o que precisa ser solucionado são problemas de natureza sistêmica, como a alta carga tributária, a logística ineficiente, o alto custo de capital e mercado de trabalho com regras em excesso", disse.

Castelo Branco comentou nesta quinta-feira a sondagem da CNI sobre a concorrência dos produtos da China. A pesquisa mostrou, por exemplo que a principal estratégia das empresas para enfrentar a concorrência chinesa é a redução de custos. Do total de companhias consultadas pela confederação, 48% afirmaram que estão adotando essa tática para enfrentar a competição e 40% das respostas citaram como estratégia o investimento em qualidade de designe dos produtos.

A Sondagem da Confederação Nacional da Indústria mostra que 5% das indústrias entrevistadas manifestaram que esperam aumentar suas importações de matéria prima da China, neste semestre. Isso representa quase a metade do porcentual das empresas que informaram que importam os produtos da China (11%).

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