Rio de Janeiro – Para que o Brasil cresça 5% ao ano ? como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê para os próximos três anos ?, é preciso haver taxas de investimento mais elevadas, avalia o diretor da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) no Brasil, Renato Baumann.
?A Cepal estima que para sustentar uma taxa de crescimento de 5% a 6%, a região deveria ter uma taxa de investimento entre 25% e 26%. Tanto para a região, como para a economia brasileira em particular, ainda estamos distantes disso?, analisou Baumann em entrevista à Agência Brasil.
Ele informou que a taxa brasileira está próxima de 19% e assegurou que há necessidade de um novo ciclo de investimento em formação de capacidade produtiva.
No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,9%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para este ano, a Cepal estima que a taxa chegue a 3,5%, contra 5,3% da região como um todo.
Baumann avalia que o PAC pode fazer o PIB crescer mais, só que não necessariamente entre 4% e 5% – ele acha mais razoável algo em torno de 3,8%. Contudo, acha prematuro fazer previsão agora, porque boa parte do PAC depende de aprovação do Congresso. ?Tem muita indefinição ainda envolvida?.
Sobre o PIB brasileiro, o especialista também afirmou que compará-lo com o do Haiti, como muitos órgãos de imprensa fazem, é o mesmo que comparar abacaxi com laranja.