Brasil poderá ter mais sete usinas nucleares até 2022

O Brasil estuda novos investimentos em usinas nucleares. Proposta apresentada, nesta segunda-feira, pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, prevê a construção de sete novas usinas nucleares até 2022, sendo Angra 3 e mais duas de grande porte, com capacidade de gerar 1,3 mil MW, e outras quatro pequenas, de 300 MW cada uma.

A proposta faz parte do programa nuclear brasileiro, elaborado por um grupo interministerial nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apresentado, nesta segunda-feira, no International Nuclear Atlantic Conference (Inac), segundo informou a Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), organizadora do evento.

Ao longo dos próximos 18 anos, o programa investiria US$ 13 bilhões na geração de energia nuclear, produção de urânio enriquecido, aplicações industriais e médicas e desenvolvimento tecnológico. A estatal francesa Areva disse que tem interesse em investir na construção de Angra 3, caso as obras sejam retomadas.

Ralf Güldner, presidente do braço alemão da Areva, afirmou que a empresa está aberta à negociação e garantiu que virá dinheiro da França. A Framatome, do grupo Areva, já forneceu equipamentos para Angra 2 e tem um contrato com a Eletronuclear para a manutenção da usina.

O presidente da Comissão de Energia Nuclear do Japão, Sueo Machi, anunciou que seu país está construindo mais três usinas nucleares, totalizando 56 centrais. O Japão também fará investimentos para utilizar a energia nuclear na produção de hidrogênio como combustível, em substituição ao petróleo. Embora ainda mantenha expressivo contingente de usinas térmicas a carvão e gás, um terço da matriz energética japonesa atualmente é nuclear.

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