O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, há pouco mais de três semanas no País, ao comentar a possibilidade de o Brasil e outros países serem excluídos do sistema de preferências tarifárias dos Estados Unidos, disse que isto é possível, pois a atual legislação está para expirar e o Congresso e governo americanos estão revendo a questão.
"Sei que o governo brasileiro e o setor privado fazem reivindicações pela manutenção do Brasil no sistema. O governo americano coleta estes comentários e tomará suas próprias decisões e recomendações. O mesmo será feito pelo Congresso, que vai tomar suas próprias decisões e legislar. Um ponto muito importante a ressaltar é que todos os países que fazem parte do Sistema Geral de Preferências (SGP) estão dentro deste processo de revisão", afirmou.
E explicou: "O Brasil não é o único país, não está sozinho. E não há tratamento diferenciado a uma nação ou outra. O Brasil faz parte de um programa que está prestes a expirar, que precisa ser revisto, e, assim como outros países, estará sujeito a novas definições". Sobel participou esta semana de reunião na Câmara Americana de Comércio (Amcham) em São Paulo, e suas declarações foram divulgadas hoje no site da entidade na internet.
Questionado pelos empresários presentes na reunião que manteve na entidade sobre o Brasil realizar novos acordos bilaterais, ele disse que "o Brasil terá que dizer a forma que vai proceder perante os Estados Unidos. Nós estamos interessados em sentar à mesa a qualquer momento e discutir qualquer assunto ligado ao comércio ou investimentos".
Sobre o interesse de empresários americanos pelo álcool brasileiro, o embaixador disse que "o etanol é um vasto campo no qual podemos aprender um com o outro. Vejo o Brasil como líder global, com tecnologia e grande área para plantações. Estamos muito interessados, podemos aprender juntos, trabalhar juntos, trocar experiências e fazer parcerias. Queremos discutir como construir acordos multilaterais e bilaterais".