A nova metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro mostra que o País tem maior potencial de crescimento econômico do que o esperado anteriormente, mas que algumas pressões inflacionárias persistem, segundo relatório do banco de investimentos norte-americano J. P. Morgan. O relatório da instituição afirmou que o Brasil tem potencial para crescer de 3 5% a 4,0% ao ano nos próximos anos, baseado na contínua flexibilização monetária, na expansão do crédito e na criação de empregos. "O potencial de crescimento do País é maior do que se acreditava", observou o documento.
No entanto, o J.P. Morgan alertou que a crescente demanda dos consumidores com rendimentos mais elevados irá continuar a pressionar os recursos do Brasil, com as pressões inflacionárias persistindo. Sob tais condições, o Banco Central (BC) brasileiro deve se manter cauteloso com relação às taxas de juros, diminuindo as taxas gradualmente em 2007.
O banco norte-americano afirmou que a expansão da economia brasileira permanecerá a ser estimulada pela redução das taxas de juros, que foram cortadas 14 vezes seguidas para o nível atual de 12,75%. Entretanto, o J. P. Morgan também destacou as pressões inflacionárias persistentes, relacionadas com o aumento do emprego e dos salários reais. Por causa de tais pressões, o BC deverá continuar cauteloso ao cortar as taxas de juros.
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