Brasil pode construir transatlânticos para exportação

O setor naval brasileiro está em vias de fechar contrato com um grande armador italiano para a construção de dois transatlânticos, com capacidade para transportar cerca de 1.500 turistas, cada um. Caso seja concretizada a transação, está será a primeira vez que a indústria naval do país construirá embarcações desse tipo para exportação.

A informação foi dada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, durante o 20º Congresso Nacional de Transportes Marítimos, Construção Naval e Offshore (Sobena 2004). As negociações, que envolveriam a Firjan e o governo do Rio – que dará incentivo fiscal para viabilizar o empreendimento – estão adiantadas. O contrato deve ser assinado ainda este ano.

Segundo o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, os dois empreendimentos já estão em fase de finalização, envolvem recursos da ordem de US$ 100 milhões e vão gerar cerca de 1.500 empregos diretos. “É uma colocação clara da demonstração da competitividade da indústria naval fluminense, do ponto de vista de preço e com capacidade de exportar, e o reconhecimento dos bons padrões tecnológicos adquiridos pela indústria nacional”.

Victer adiantou que as embarcações serão construídas no estaleiro Eisa, na Ilha do Governador. Caso o contrato seja assinado no tempo previsto, as obras podem começar ainda no primeiro semestre de 2005. A Firjan e o governo do Rio não informaram o nome do armador italiano por causa de uma cláusula de confidencialidade do processo de negociação.

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