O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, terá uma reunião na segunda-feira com seu colega do Paraguai, Darío Baungarten, para discutir um plano de ação conjunto de combate à febre aftosa no país vizinho. A reunião foi decidida depois que o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) confirmou ontem (31) a existência da doença em dois animais localizados na fazenda São Francisco, município de Corpus Christi, província de Canindeyú, em território paraguaio.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, disse que o governo está disposto a oferecer todo apoio ao Paraguai no combate à doença. Esta ajuda, segundo ele, inclui assessoria técnica, fornecimento de vacinas, análises laboratoriais e reforço na área de vigilância na fronteira entre os dois países.
Também na segunda-feira os diretores de Defesa Animal dos países que integram a Bacia do Prata (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile) se reúnem para analisar medidas estratégicas que devem ser adotadas para evitar o retorno da aftosa no Cone Sul. A ocorrência de um novo surto da doença, como houve na Argentina e no Uruguai no ano passado e no Brasil – com menor extensão -, pode causar grandes prejuízos à região. O Paraguai, considerado livre da aftosa com vacinação desde maio de 1997, pode perder este status em decorrência do foco registrado em Canindeyú.
Oliveira disse que o Palácio do Planalto já autorizou o reforço de tropas das Forças Armadas na fronteira do Brasil com o Paraguai, nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná. Além desse aparato, o secretário informou que os fiscais do Ministério da Agricultura, da Receita Federal e da Polícia Federal, mais a fiscalização estadual, estão atuando na região, para evitar o ingresso de animais suscetíveis à doença no Brasil.