De acordo com o embaixador, o interesse do Brasil nas negociações internacionais é abrir mercados para aumentar as exportações, mas com acordos que prezem o equilíbrio entre as partes negociantes. Ele afirmou, também, que o Brasil aparece em alguns fóruns de negociação em posição desfavorável em outros com grande vantagem, como na Organização Mundial do Comércio (OMC), em especial por exercer a liderança do G-20 ? grupo que reúne 19 países em desenvolvimento.
? A imprensa mundial assinalou a liderança do Brasil?, disse ainda. O grupo foi criado no ano passado por uma iniciativa do Brasil e Índia. O grupo conseguiu uma vitória importante há algumas semanas, durante reuniões da OMC em Genebra, Suíça, quando os países em desenvolvimento conseguiram um acordo para que os ricos reduzam os subsídios à produção agrícola. Esse apoio aos agricultores dos países ricos prejudica os países em desenvolvimento porque possibilita a eles venderem seus produtos por preços mais baixos.
O embaixador afirmou também que, nas negociações internacionais, o governo vai primar pela “cautela”, para que aberturas feitas pelo Brasil em um determinado acordo não sejam usadas como exigências pelos países em outros acordos. Pinheiro destacou a importância da Argentina para o desenvolvimento do Mercosul. De acordo com ele, o Brasil deve tratar o país vizinho como “verdadeiro parceiro”, Isso porque, sem essa união, não haverá integração da América do Sul, o que, por extensão, prejudica os objetivos da política externa brasileira como um todo.
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