O Brasil vê “com bons olhos” o movimento popular que contesta, nas ruas do Cairo, o regime do presidente do Egito, Hosni Mubarak. A expressão foi empregada pelo secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho, hoje , em Dacar, no Senegal, na abertura do 11o Fórum Social Mundial (FSM).

continua após a publicidade

Segundo Carvalho, o Brasil não pede a renúncia do atual chefe de Estado, mas pediu o início da transição para novos governos na Tunísia e no Egito.

As declarações do ministro-chefe em Dacar foram feitas em dois momentos: durante discurso à multidão de ativistas antiglobalização reunidos no fórum e, minutos depois, à imprensa brasileira.

Segundo Carvalho, os protestos realizados na Tunísia e no Egito nos últimos dois meses devem resultar em mudanças profundas. “Claro que respeitamos a autonomia de cada país, mas temos uma expectativa muito forte de que de fato surja nesses países novos governos.”

continua após a publicidade

Questionado pelo Estado se o governo defendia a renúncia de Mubarak, após 30 anos de poder, Carvalho foi comedido. “Não queremos fazer uma intervenção direta nesse momento. Mas os movimentos sociais se mostram tão fortes que seria muito importante nesse momento uma atitude do presidente Mubarak evitando a violência e abrindo a possibilidade para novas eleições.”