O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje que o Brasil manterá o seu voto para a Venezuela como membro não-permanente no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) no biênio 2007-2008 enquanto Caracas mantiver sua candidatura. O ministro ressaltou, no entanto, que o impasse entre a Venezuela e a Guatemala, que disputa a mesma vaga, provoca um desgaste para toda a América Latina
Ele afirmou que por enquanto o Brasil não se manifesta em relação a uma possível terceira candidatura – seja do Uruguai ou do Chile – países que vêm sendo indicados como alternativa para o caso de a Venezuela e a Guatemala abdicarem de suas candidaturas. Amorim deixou claro que não interessa ao Brasil tornar-se uma alternativa para esse impasse. Segundo ele, o País já esteve no CS da ONU como membro não-permanente no período de 2004-2005, e está batalhando pela reforma do mesmo conselho
"Se o Brasil fosse membro permanente seria mais fácil ter uma posição moderadora" afirmou o ministro em entrevista à imprensa. Pouco antes, na abertura do seminário sobre os 61 anos da ONU, Amorim destacou que a reforma do Conselho não pode ser abandonada e indicou que o governo brasileiro levará adiante essa idéia com o mesmo heroísmo de Dom Quixote, personagem de Miguel de Cervantes