Brasília – O Brasil lidera o ranking de 65 países em mortes de jovens em incidentes com armas de fogo: 43,1 a cada 100 mil no período de 1980 a 2004, quando foi aprovado o Estatuto do Desarmamento.

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De acordo com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), a pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16) levou em conta tanto os disparos feitos por terceiros quanto os acidentais e os autoprovocados intencionalmente.

O estudo constata o aumento da utilização de armas de fogo como instrumento letal entre as pessoas de 16 a 24 anos, de 20,8% em 1983 para 34,4% em 2003. E registra que 75% dos homicídios nessa faixa etária foram cometidos com armas de fogo.

Das mortes de jovens registradas em 2004, 22,3% foram provocadas por acidentes de trânsito ? levadas em consideração as demais faixas etárias, o percentual é de 19,3%. Os suicídios responderam por 4,5% da mortalidade juvenil, contra 4,7% da população geral.

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A taxa de mortalidade da população brasileira, ainda de acordo com o estudo, caiu de 633 em 100 mil habitantes, em 1980, para 572 em 2004. Na parcela jovem da população, no entanto, o índice subiu de 128 para 130.

Quanto aos motivos das mortes, em 1980 os homicídios, acidentes e suicídios respondiam por 52,9% entre os jovens. Em 2004, o percentual subiu para 72,1%.

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