A importação de produtos chineses cresceu 58% em maio, na comparação com o mês anterior. Já as exportações caíram 23%, em decorrência principalmente da queda de venda de soja em grão e de ferro fundido. Os números foram divulgados hoje pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho.
Como a soja é um produto de peso na pauta de exportações brasileiras o secretário disse que será importante avaliar a razão desse decréscimo. Mas, a princípio ele calcula que seja devido a variações de preços no mercado internacional, questões logísticas ou expectativas de safras.
Ramalho afirmou que estão sendo estudadas no governo, nas áreas técnicas, os decretos prevendo salvaguardas de interesse do Brasil e da China, dentro das normas da Organização Mundial do Comércio, assunto que já foi discutido com o país asiático. Só depois de estabelecidas essas normas é que os empresários brasileiros que se sentirem prejudicados pela concorrência de produtos chineses poderão expor suas razões para então terem a questão analisada pelo governo.
A definição poderá acontecer até julho, segundo Ramalho. O secretário de Comércio Exterior prevê que as exportações para a China, apesar da queda deste mês, vão continuar se elevando positivamente.