Brasil fecha o ano com R$ 40 bilhões em reservas internacionais

O Brasil acumula este ano cerca de R$ 40 bilhões em reservas internacionais. O resultado, que é muito superior ao do ano passado, foi obtido com o uso de parte dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI). A confirmação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na pesquisa sobre as contas nacionais do terceiro trimestre, divulgada nesta sexta-feira.

No entanto, de acordo com a economista Rebeca Palis, coordenadora da pesquisa, o governo conseguiria acumular estas reservas mesmo sem o dinheiro oriundo do acordo com o FMI, já que no terceiro trimestre do ano a capacidade de financiamento da economia nacional saltou para R$ 9,7 bilhões, ante os R$ 679 milhões do segundo trimestre. ?Mesmo sem os recursos do FMI o Brasil conseguiria acumular reservas internacionais em torno de R$ 4 bilhões, ou seja, no fundo, neste trimestre o dinheiro do FMI foi para o colchão, mas na verdade não precisaria?.

A economista explicou, ainda, que a dependência de empréstimos externos está cada vez menor graças à política de ajuste externo que vem sendo reforçada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No terceiro trimestre deste ano as exportações cresceram R$ 16,8 bilhões em relação às importações, demonstrando um superávit de R$ 2,7 bilhões em relação ao trimestre anterior. Ao mesmo tempo, o país pagou R$ 10,2 bilhões de juros da dívida externa, uma redução de R$ 5,5 bilhões em relação ao segundo trimestre. Também pesou o fato do governo e empresas terem reduzido os investimentos em R$ 1 bilhão.

De janeiro a setembro deste ano o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado soma R$ 1,1 trilhão, superior em valores correntes ao acumulado no mesmo período do ano passado (R$ 975 milhões), mas, segundo o IBGE, há uma queda de 0,3% em volumes na comparação com o mesmo período de 2002.

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