Se o 35º GP do Brasil já apresentava fortes atrativos, depois do resultado e de todo o ocorrido em Monza há uma semana a edição deste ano será a mais importante da história. Com muita probabilidade, definirá o campeão do mundo: Fernando Alonso, da Renault, ou Michael Schumacher, da Ferrari. Mais: será a última corrida de Schumacher, maior piloto de todos os tempos em números. Quem for ao autódromo de Interlagos terá uma chance real, dependendo de como a prova se desenvolver, de assistir a nova vitória brasileira, com Felipe Massa, da Ferrari.

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Independente de Schumacher conquistar ou não seu oitavo título mundial, Tamas Rohomyi, da Interpro, promotora e organizadora do GP do Brasil, Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, e a TV Globo já planejaram uma homenagem ao piloto alemão. ?Não posso dar detalhes do que será feito, mas será uma linda e inesquecível cerimônia. Ele se surpreenderá, temos certeza?, diz Rohonyi. Sabe-se também que a Prefeitura de São Paulo, proprietária do autódromo, irá entregar a Schumacher as chaves da cidade.

Para tudo isso, é preciso ter o cenário do espetáculo em boas condições. ?Todos estão se esforçando ao máximo para corresponder à expectativa gerada. Temos um pequeno atraso nas obras de Interlagos, mas nas últimas duas ou três semanas será possível recuperar?, comenta Rohonyi. Sua previsão é de casa completamente lotada. ?Como nos últimos anos, teremos 65 mil pessoas nas arquibancadas.? Não haverá setores novos. ?Não dá, não temos infra-estrutura para mais 5 mil pessoas", explica o organizador. Os ingressos podem ser adquiridos no site www.gpbrasil.com.br ou pelo (11) 2191-6999.

O controle de credenciamento do GP do Brasil já detectou que este ano haverá um número maior de jornalistas credenciados. ?Em 2005 havia na sala de imprensa 222 profissionais de comunicação. Agora deveremos atingir algo perto de 280.? Um dos fatores limitantes para quem deseja vir ao Brasil é a indisponibilidade de lugares nas companhias aéreas. A quase saída da Varig do mercado internacional gerou sérios problemas. ?Para se ter uma idéia da gravidade, um Jumbo foi fretado na Inglaterra para vir a São Paulo vazio no dia da prova e, à noite, levar de volta para a Inglaterra parte das pessoas que vão estar aqui?, diz Rohonyi, com 26 anos de experiência no evento.

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Com a diferença de 5 horas a menos em relação à maioria dos países da Europa, o GP do Brasil será transmitido, ao vivo, no horário nobre das TVs: domingo, no início da noite. Espera-se recorde de audiência da Fórmula 1 em várias nações, como Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra.

Os brasileiros terão a chance, ainda, de comemorar nova vitória na corrida. Rubens Barrichello, da Honda, não esconde que dificilmente sua equipe poderá lhe permitir lutar pelo primeiro lugar, mas Massa e a Ferrari estão em ascensão. Na Turquia conquistou, mês passado, sua primeira vitória na Fórmula 1. ?Claro que dá para pensar em vencer no Brasil. Mostramos que nosso carro pode ganhar em qualquer circuito. Seria um sonho para mim?, disse Massa na Itália.

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Os representantes do País no Mundial já celebraram o primeiro lugar em Interlagos sete vezes. Nas duas primeiras edições válidas pelo campeonato, 1973 e 1974, com Emerson Fittipaldi, de Lotus e McLaren, e em 1975, na inesquecível festa de José Carlos Pacce, com Brabham. Mais: em 1983 e 1986, no Rio de Janeiro, deu Nelson Piquet, com Brabham e Williams, enquanto Ayrton Senna, com McLaren, levou o público à loucura em Interlagos, com suas conquistas em 1991 e 1993.