Brasil e Rússia farão a final do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei, domingo, às 18h30 (horário de Brasília), em Buenos Aires, na Argentina. As duas seleções repetem assim a decisão da última Liga Mundial, vencida pelos russos, agosto, em Belo Horizonte.
A Rússia conseguiu a vaga na final do Mundial ao derrotar a França nesta sexta-feira, por 3 sets a 2 (25/19, 16/25, 25/20, 21/25 e 15/9). Já o Brasil tinha garantido sua classificação no dia anterior, quando venceu a Iugoslávia por 3 a 1.
Os brasileiros ficaram concentrados no hotel de Buenos Aires, nesta sexta-feira, para assistir ao jogo entre Rússia e França, que definiria a adversária da final. O único da delegação no ginásio Luna Park foi o assistente-técnico Chico dos Santos.
Mas, por mais que o grupo estude o jogo dos russos, não será fácil – neste Mundial, sua seleção está se mostrando imprevisível. Contra os franceses, a Rússia apresentou altos e baixos, tanto na parte técnica como na emocional.
Assim como o jogo da semifinal, a Rússia vem fazendo uma campanha irregular: quase foi eliminada na primeira fase, quando perdeu por 3 a 1 para a França e 3 a 0 para a Bulgária só conseguiu vaga para a segunda fase porque se classificou entre os quatro melhores terceiros colocados entre todos os grupos, após uma vitória sobre a frágil Tunísia por 3 sets a 0. Na segunda fase, passou apertado pela Polônia e Espanha, ambos por 3 a 2, e ganhou de Portugal por 3 a 0.
Mas os brasileiros sabem que isso não pode contar como vantagem. Na última Liga Mundial, a Rússia viveu a mesma situação: só avançou por causa de um tropeço adversário. Três dias antes da vitória na final contra o Brasil, haviam perdido justamente para os brasileiros por 3 sets a 0.
De qualquer forma, o técnico Bernardinho deve pedir para seus atletas forçarem o saque em cima do ponta Abramov, que nesta sexta-feira prejudicou o time com passes que não chegavam perfeitos na mão do levantador Kamouttskikh. Sem contar a forte marcação em Iakovlev, que terminou a partida semifinal como o maior anotador, com 30 pontos.
Habilidoso, o levantador russo trabalhou muito com os jogadores de meio nos primeiros sets do jogo contra a França. No tiebreak, não hesitou em puxar os ataques de segurança com Iakovlev. “A França fez um jogo bastante duro, mas viemos com muita força para este jogo, e será muito difícil conseguirem nos parar”, avisou o atacante de 2,01m e 26 anos.
Philippe Blain, técnico da França, mal podia acreditar que seus jogadores deixaram escapar a vitória: “Recebemos um golpe duro. Fizemos um esforço muito grande, mas isso não foi o bastante. A Rússia ganhou muito bem”.
A medalha de bronze será decidida neste sábado, às 18h30, entre França e Iugoslávia. Na preliminar será realizada decisão do sétimo e oitavo lugares.