Brasil enfrenta Inglaterra para reinaugurar Wembley

Inglaterra e Brasil entram em campo nesta sexta, a partir das 16 horas (horário de Brasília), em Londres, para fazer história – a TV Globo transmite ao vivo. O jogo, um amistoso de luxo, ficará nos registros do futebol como a reinauguração oficial do novo estádio de Wembley, um templo para 90 mil pessoas reconstruído pelos ingleses em pouco mais de quatro anos a um custo exorbitante de 750 milhões de libras (cerca de R$ 3 bilhões). Pela 10ª vez sob o comando do técnico Dunga, a seleção brasileira aposta suas fichas na dupla Kaká e Ronaldinho Gaúcho para vencer o poderoso adversário.

Wembley já abriu suas portas para um jogo teste do estádio, entre as seleções sub-21 da Inglaterra e Itália, no mês passado. Abrigou também a decisão da Copa da Inglaterra, entre Manchester United e Chelsea, também em maio.

Mas será hoje que a seleção inglesa, com Beckham de volta, pisará pela primeira vez no gramado quase sagrado de Wembley. Gramado, aliás, que mereceu as críticas de Dunga logo após o treino da seleção brasileira na tarde de quinta. "A grama sai, solta toda. Os jogadores sentem dificuldade para dominar a bola, manter o equilíbrio", reclamou o treinador do Brasil.

Grama solta ou não, Dunga não teve outra saída. Optou por um time bem ofensivo, sustentando a escalação da trinca Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho, além de Vágner Love no ataque. "Já tinha pensado nesse jogo, no time, há 15 dias. Não se trata de ter uma equipe mais ou menos ofensiva com esses três jogadores. O ideal é que os três tenham liberdade no momento de atacar. Kaká, Ronaldinho e Robinho têm de divertir, criar", explicou o treinador.

Os elogios do treinador aos três, em especial a Kaká e Ronaldinho Gaúcho, revelaram o quanto Dunga tem de pragmático na hora de escalar a seleção. Os dois craques, centro de uma enorme polêmica ao pedirem dispensa da Copa América, só jogam nesta sexta-feira porque têm talento.

É o próprio Dunga quem explica melhor essa questão. "Ao treinador não cabe gostar desse ou daquele jogador. O profissional tem de pensar na seleção. A seleção fala mais alto. Tenho de escalar os melhores, indiferente se eles são bons ou maus. Nada interessa. Não posso ser político. Se eles são os melhores, têm de jogar e pronto", afirmou.

Na última vez em que a seleção brasileira jogou em Wembley contra a Inglaterra, o amistoso acabou empatado em 1 a 1, com gols de França e Owen. Vanderlei Luxemburgo era o técnico e havia esperança de que o Brasil seria o protagonista da Copa do Mundo de 2002, como acabou acontecendo com o time comandado por Luiz Felipe Scolari.

No lado da Inglaterra, o técnico Steve McClaren escalou força máxima, apesar de não poder contar com o atacante Wayne Rooney, que está machucado. E até recorreu ao astro Beckham, que não defendia a seleção desde a Copa do Mundo da Alemanha, no ano passado.

Dizem os organizadores do amistoso que as 90 mil cadeiras vermelhas do novo Wembley estarão ocupadas nesta sexta-feira – os ingressos foram vendidos entre 35 a 90 libras (R$ 120 a R$ 360). Pelo menos 400 jornalistas de todo o mundo estão credenciados. Mas ainda não está confirmada a presença da Rainha da Inglaterra.

Do Brasil, estarão nas tribunas várias autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os governadores Aécio Neves, de Minas, José Roberto Arruda, de Brasília, e Sérgio Cabral, do Rio, além de alguns ministros – entre eles, Gilberto Gil, da Cultura.

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