O Brasil sedia o único Centro Internacional de Pobreza do mundo. A idéia do centro é produzir estudos mundiais e criar uma rede de pesquisadores focados na questão da pobreza. O centro está situado no 10º andar do prédio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.
"O Brasil foi escolhido, entre Índia, México e Chile. É um centro único. Só existe esta versão no mundo", afirmou o presidente do Ipea, Glauco Arbix, que cedeu três pesquisadores brasileiros para trabalharem no local.
O lançamento oficial do centro aconteceu, nesta segunda-feira, em Brasília, durante a abertura da conferência internacional As Muitas Dimensões da Pobreza, que segue até a próxima quarta-feira.
O encontro reúne cerca de 50 especialistas e acadêmicos de todo o mundo em torno do tema da pobreza. De acordo com a ministra Nilcéa Freira, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, as discussões ajudarão a enfrentar o desafio do combate à fome e a redefinir os padrões de extrema pobreza no Brasil.
"Não só isso, mas (ajudarão) a redefinir a abrangência dos programas e, sobretudo, o ponto central, que é tratar a pobreza não só como uma questão de salário ou rendimentos econômicos mensais, mas como situação que envolve muitas dimensões, como a saúde e o bem estar, à luz dos direitos humanos e da efetivação deles", considerou.
Para a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, o governo brasileiro já vem trabalhando para reduzir a pobreza. "Este ano o ministério está executando R$ 17 bilhões em ações, programas, serviços e benefícios para 5.564 municípios brasileiros. Isso significa garantir a ampliação do acesso às políticas sociais, sejam de transferência de renda, atenção ou proteção social", afirmou.
