A ministra da Justiça da Romênia, Rodica Stânoiu, disse hoje ao assinar um tratado de extradição com o Brasil, no Itamaraty, que em um mundo globalizado é previsível que a criminalidade também seja globalizada e que isso ?é um desafio para todos os governos. Negou no entanto que o acordo vise, especificamente, solucionar problemas relativos aos 45 mil romenos que vivem em território brasileiro. ?Poucos deles estão em situação irregular ou cometeram algum tipo de crime que justifique uma extradição?, observou.
A ministra disse que ?tratados como o que assinamos hoje são negociados durante anos e não têm nada a ver com eventos ocasionais. É um acordo de alto nível, para faltas graves, e que é firmado após negociações em que são envolvidos experts no assunto, no marco da luta contra o crime organizado?.
A maioria dos romenos no país está instalada em hotéis modestos e pensões do centro de São Paulo, na região da chamada Cracolândia, nos domínios da ?Boca do Lixo?, onde famílias inteiras vivem em quartos pequenos e mal conservados.
A ministra lembrou os laços que unem Brasil e Romênia e, ainda, a outras nações de identidade lingüística comum. ?Nossos dois países têm idiomas provenientes do latim e, além do mais, temos fortes traços culturais?, enfatizou.
Rodica chamou a atenção para o fato de que Brasil e Romênia têm predominância da religião católica. ?Há quatro mil anos falamos romeno e temos dois mil anos de catolicismo ortodoxo. Temos orgulho de ter credenciais comuns com os brasileiros?.
Da parte do Brasil assinaram hoje o tratado de extradição os ministros das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, e da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Esteve presente à solenidade, no Ministério das Relações Exteriores, a embaixadora romena no Brasil, Mônica Mariana Gricorescu, entre outras autoridades.
Brasil e Romênia assinam tratado de extradição
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