Empresas brasileiras e peruanas assinaram com o governo de Lima os contratos para a construção de quase mil quilômetros da rodovia Interoceânica entre os dois países. O presidente peruano Alejandro Toledo liderou a cerimônia de assinatura dos contratos no Palácio do Governo.
Diante da oposição de muitas organizações à construção da estrada – a obra pública mais cara encarada pelo Estado peruano -, Toledo respondeu que nove regiões do Peru se beneficiarão com a via Interoceânica.
As empresas que participarão da construção da obra são a Concessionária Interoceânica Sul, do Peru, e Granha e Monteiro junto com a Intersul Concessões, do Brasil.
O custo da construção desta estrada foi estimado em US$ 800 milhões, cerca de US$ 800 mil por quilômetro. Toledo declarou hoje que a obra gerará por volta de 40 mil postos de trabalho diretos e indiretos e destacou que beneficiará 5,6 milhões de pessoas do sul do Peru.
"Em breve o presidente Lula e eu daremos início às obras", declarou Toledo, depois de destacar que a estrada "é uma obra marcada dentro do processo de descentralização do país e da integração sul-americana".
Há tempos o Brasil vem buscando uma integração entre os países sul-americanos. Em outubro de 2003 deu-se o primeiro passo em direção a uma integração entre Peru e Mercosul, com a assinatura de um acordo comercial entre os dois.
O projeto da rodovia Interoceânica já havia sido anunciado no ano passado com a presença dos presidentes do Brasil, Lula, do Peru, Alejandro Toledo, e da Bolívia, Carlos Mesa.
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