Brasil e Paquistão assinam acordo para combater narcotráfico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o acordo bilateral assinado hoje entre os governos do Brasil e do Paquistão na área de combate ao narcotráfico será importante para a repressão de ilícitos que financiam atos terroristas. Durante almoço oferecido ao presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, no Ministério de Relações Exteriores, Lula elogiou o trabalho que o governo daquele país vem desenvolvendo com o intuito de combater o terrorismo. Lula também destacou como positivo o processo de reconciliação com a Índia, que Musharraf, junto com o governo indiano, tem feito. "O impacto desse gesto para a estabilidade no coração da Ásia e para a segurança internacional tem sido extraordinário", afirmou Lula.

Além do intercâmbio comercial, que deve ser intensificado nos próximos anos, os dois presidentes também conversaram sobre a coordenação no âmbito do G-20 e o combate mundial à fome e à pobreza. No âmbito do G-20, eles reafirmaram o compromisso com a eliminação dos subsídios que os países ricos concedem aos seus produtos agrícolas. O Paquistão é integrante do G-20, o grupo de economias exportadoras de produtos agrícolas que tem no Brasil uma de suas lideranças.

Os dois países também assinaram hoje um memorando de entendimento em matéria de segurança alimentar. Lula destacou que esse documento "demonstra o empenho dos dois países em levar essa solidariedade aos mais necessitados de nossos concidadãos". Os dois governos assinaram, ainda, outros dois atos bilaterais: um na área de isenção de vistos, e outro que cria mecanismos de consultas regulares sobre temas de interesse comum.

É a primeira vez que um chefe de estado paquistanês visita o Brasil. Musharraf embarca hoje, às 18 horas, para São Paulo, onde terá, amanhã, encontro com empresários brasileiros e visitará a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em São José dos Campos.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo