Brasil é o 54º no ranking mundial de liberdade de imprensa

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com sede em Paris, divulgou hoje o primeiro ranking mundial da liberdade de imprensa, com resultados díspares entre os países latino-americanos. O Brasil ocupa a 54ª posição, enquanto a Costa Rica aparece na frente dos Estados Unidos, e Cuba está entre os últimos classificados.

O objetivo desta primeira classificação da liberdade de imprensa é mostrar “o grau de liberdade de que dispõem os jornalistas e veículos de comunicação de cada país, e os meios usados pelos Estados para respeitar e fazer com que essa liberdade seja respeitada”, segundo a RSF. A organização concedeu os primeiros lugares a quatro países do norte da Europa: Finlândia, Islândia, Noruega e Holanda. O Canadá, primeiro país do continente americano citado, ficou em 5º lugar.

A Costa Rica foi o país latino-americano a obter o melhor resultado nessa classificação, baseada nos resultados de um questionário de 50 perguntas enviado a jornalistas, investigadores e juristas de vários países, sobre “o conjunto dos atentados à liberdade de imprensa (assassinatos ou prisões de jornalistas, censura, pressões, monopólio do Estado, punições para os crimes de imprensa etc.)”.

A Costa Rica ficou em 15º lugar, empatada com a Suíça e à frente dos Estados Unidos (17º). O segundo país latino-americano citado é o Equador (20º), seguido por Uruguai (21º) e Chile (24º). Atrás da Espanha (28º), um dos países da União Européia pior classificados, aparecem Paraguai (32º), El Salvador (33º), Peru (36º), Itália (40º) e Argentina (42º). O Brasil ocupa o 54º lugar, o México ficou em 75º e a Venezuela, em 77º. A Colômbia está entre os países com as piores colocações (114º), enquanto Cuba conseguiu apenas a 134ª posição, à frente de Butão, Turcomenistão, Mianmar, China e Coréia do Norte, os últimos cinco classificados. A RSF disse que “a tabela não reflete a qualidade da imprensa”, apenas o nível de liberdade de imprensa entre setembro de 2001 e outubro de 2002. Foram incluídos na listas apenas os países cujas informações foram consideras “fidedignas e puderam ser contrastadas”. (Correio Web/FolhaNews)

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