Brasil e Camarões firmam acordos na área de cultivo do cacau

A comitiva brasileira que encerra nesta terça-feira visita a cinco países africanos chegou no início da noite de ontem ao seu quinto destino, Camarões. Em Yaoundé, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, terá encontro com o chanceler Laurent Esso. Estão previstas reuniões políticas e assinaturas de acordos de cooperação na área de cultivo do cacau.

Ontem, o grupo brasileiro esteve na Nigéria, o país mais populoso do continente, sexto maior produtor de petróleo e grande exportador inclusive para o Brasil, que só em 2004 teve déficit comercial da ordem de US$ 1,8 bilhão com o país.

A Petrobras acompanhou os encontros. A empresa espera que o Itamaraty a auxilie para conseguir canais de negociação direta com o governo nigeriano sobre o petróleo que o Brasil importa. Isso evitaria que os preços do produto ficassem sujeitos a maiores oscilações no mercado, entre outras vantagens. "Eles teriam garantia de entrega e nós, garantia de preço", explica Iran Garcia da Costa, um dos representantes da Petrobras presente aos encontros.

A Nigéria também está entre os países da região que nos legou a herança cultural que resultou uma das mais conhecidas religiões afro-brasileiras, o candomblé nagô, ou iorubá ? grupo étnico cuja língua tem traços preservados até hoje nos terreiros de estados como Bahia e Rio de Janeiro.

Juntamente com o vizinho Benin, a Nigéria abriga as comunidades de brasileiros formadas por descendentes de ex-escravos levados para o Brasil e "retornados" à África durante o século XIX. No país, essas comunidades estão concentradas na cidade de Lagos, onde os ministros Celso Amorim e Matilde Ribeiro se reuniram com Paul Bamgbouse Martins, presidente da associação de descendentes de brasileiros.

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