Brasil e Argentina pedem mudanças no FMI

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Nestor Kirchner, voltaram a pedir, ao término da reunião bi-lateral que ocorreu na manhã desta terça-feira, mudanças nas regras estabelecidas pelo Fundo Monetário Internacional. No documento síntese do encontro, intitulado ?Declaração sobre a Cooperação para o Crescimento Econômico com Eqüidade?, os dois países propõem que os acordos feitos com organismos financeiros internacionais tenham por objetivo garantir o crescimento econômico.

?Queremos manter a dívida sustentável, mas garantindo o crescimento?, afirmou o chanceler brasileiro Celso Amorim. Para transformar as propostas em ação representantes da área econômica dos dois países irão se reunir no prazo de até 60 dias. Entre as principais proposta do documento, desponta a idéia de que investimentos em infra-estrutura deixem de ser considerados como despesas nos acordos com os organismos multilaterais de crédito.

O documento ainda prevê que sejam elaboradas alternativas para neutralizar os efeitos negativos provocados por circunstâncias externas, como crises econômicas nos países desenvolvidos. Além disso, defende que os investimentos associados a empréstimos realizados junto a organismos de fomento internacional, como Banco Interamericano de Desenvolvimento e Banco Mundial, possam receber tratamento fiscal diferenciado.

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