Brasil e Argentina concentram negócios com países árabes

As trocas comerciais entre América do Sul e países árabes são ainda bastante
restritas. A América do Sul responde por 3,5% das compras feitas pelos árabes no
mundo. E apenas 1,5% do total exportado pelos 22 países da Liga Árabe tem como
destino as nações sul-americanas. Brasil e Argentina concentraram grande parte
desses negócios, afirma Michel Alaby, secretário-geral da Câmara de Comércio
Árabe?Brasileira e presidente da Associação de Empresas Brasileiras para a
Integração de Mercados (Adebim).

O Brasil exportou US$ 4,03 bilhões para
os árabes – 46% a mais que em 2003 e o equivalente a 4,1% do total de
exportações brasileiras. Já a Argentina faturou US$ 2,1 bilhões com vendas para
o mundo árabe, um crescimento de 32% sobre o total de US$ 1,6 bilhão obtido no
ano anterior, o que representa 6,5% do total de exportações argentinas. O
restante foi pulverizado em compras nos demais países da América do Sul.

"A pauta de exportação dos dois países é quase a mesma", diz Alaby.
Lideram a lista comum produtos como soja, milho, leite em pó, carne de boi, aço,
calçados, proteínas de soja e trigo. A pauta brasileira ainda inclui café,
açúcar, frango, minério, papel e móveis.
Os principais destinos, tanto de
produtos brasileiros como argentinos, foram Arábia Saudita, Emirados árabes
Unidos, Egito, Marrocos, Argélia.

Nas importações a proporção muda. Em
2004, o Brasil adquiriu o equivalente a US$ 4,1 do total de US$ 5,5 bilhões
embarcados pelas nações árabes para a América do Sul. Já os argentinos gastaram
apenas US$ 59 milhões com importações daquela região (contra US$ 35 milhões no
ano anterior). Na lista de compras argentinas estão derivados de petróleo,
fosfato, componentes para fertilizantes e algodão egípcio. Já as importações
brasileiras são lideradas por petróleo (75%), óleo diesel e produtos
petroquímicos.

Michel Alaby lembra que Brasil e Argentina são os únicos
países sul-americanos que contam com Câmaras Árabes de Comércio, o que vem
impulsionando os negócios. Nos demais países da América do Sul, o intercâmbio
entre as regiões é intermediado pelas chancelarias.

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