O Brasil é o sétimo mercado consumidor do mundo, mas tem apenas 33% da sua população incluída nessa “sociedade de consumo”, segundo o relatório State of the World 2004 (Estado do Mundo 2004), elaborado pelo WorldWatch Institute, com sede em Washington.
O “público consumidor” é definido pelo relatório com base na análise do consultor Matthew Bentley, do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, que define como “classe consumidora” as pessoas com poder de compra (renda ajustada segundo preços locais) de mais de US$ 7 mil, ou cerca de R$ 20 mil, por ano.
O Brasil tem, segundo esse critério, 57,8 milhões de consumidores. Em primeiro lugar no ranking estão os Estados Unidos com 242,5 milhões de integrantes da “sociedade de consumo”, ou 84% da população do país. A China vem logo em seguida, com 239,8 milhões de consumidores (19% da população).
Entre os dez maiores mercados, o Japão tem a parcela mais significativa da sua população na sociedade de consumo, 95% (ou 120,7 milhões de pessoas), o que lhe garante o quarto lugar no ranking.
Índia (3° lugar, com 121,9 milhões de consumidores, ou 12% da população), Alemanha (5° lugar, 76,3 milhões, 92%) e Rússia (6° lugar, 61,3 milhões, 43%) também têm mercados consumidores maiores do que o brasileiro.
O relatório diz que mais de um quarto da população mundial, cerca de 1,7 bilhão de pessoas, participa da chamada “classe consumidora”.
O texto alerta, no entanto, que “altos níveis de obesidade e dívidas pessoais, menos tempo livre e meio ambiente danificado são sinais de que o consumo excessivo está diminuindo a qualidade de vida de muitas pessoas”. (FolhaNews)