Brasil discute política automotiva comum para Mercosul

Representantes do Brasil e da Argentina reúnem-se em Buenos Aires para tentar limpar a pauta de contenciosos bilaterais e fazer um monitoramento do comércio entre os países que, este ano, deve atingir pela primeira vez US$ 20 bilhões. Como parte da pauta, o governo brasileiro vai apresentar duas propostas do setor produtivo: a definição de uma política automotiva comum para o Mercosul e um acordo que limite a entrada de farinha de trigo argentina no Brasil.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, explicou que num primeiro momento a discussão sobre um acordo automotivo no Mercosul deve ocorrer só com a Argentina. Depois, serão agendadas reuniões com Uruguai e Paraguai. Segundo ele, o Brasil vai trabalhar para que até o fim do ano haja uma proposta consistente para a política automotiva comum. "Não queremos todo ano ter de discutir a prorrogação dos acordos automotivos. Isso gera insegurança para os investidores.

O Brasil tem acordos com Argentina e Uruguai. Mas o setor produtivo tem pressionado para a definição de uma política para o Mercosul. Em março, quando o Brasil prorrogou o acordo com o Uruguai, a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) avisou que não aceitaria novas prorrogações. O livre comércio de veículos com a Argentina deveria ter entrado em vigor em 1º de janeiro, mas, a pedido da Argentina, o prazo foi estendido. A outra proposta é de um acordo entre produtores de farinha de trigo de Brasil e Argentina para limitar a entrada do produto no mercado brasileiro.

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