A divulgação dos casos de difilobotríase, doença causada pelo consumo de peixe cru infectado, acabou reduzindo o consumo de todo o peixe fresco pela população. Restaurantes japoneses de São Paulo, cidade onde foram diagnosticados 27 casos de contaminação, tiveram prejuízo de 50% nas vendas. Após reunião com representantes de associações de restaurantes e de comerciantes da pesca no estado, o ministro José Fritsch, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, anunciou medidas para a solução do problema. A principal delas é adoção da importação de salmão congelado, apenas.

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"Estamos levando uma proposição ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que se adote, por um tempo determinado, a importação para o Brasil do salmão congelado, porque é o único peixe que está sendo importado fresco hoje", disse.

Segundo Fritsch, a medida será tomada enquanto não houver a identificação exata do foco do problema, ou seja, "qual o lote de importação que tenha o parasita". Outras medidas a serem adotadas são a realização de um seminário, em 15 dias, para esclarecer a população, os donos de restaurantes e supermercados que o "peixe cru congelado não causa a doença". Outra questão que o ministro mencionou é que o peixe brasileiro não possui histórico de contaminação pelo parasita e que, portanto, pode ser consumido cru.

"O peixe brasileiro pode ser consumido fresco e cru sem nenhum problema. Apenas o peixe importado cru, em especial o salmão fresco, que vem na sua maioria do Chile, é que pode ocasionar o problema. Acredito que em poucos dias podemos ter essa questão resolvida e a população esclarecida de que não há qualquer problema em consumir peixe cru, desde que tenha sido congelado antes", afirmou.

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Segundo Fritsch, os próprios restaurantes poderão informar os clientes de que o que está sendo consumido tem a garantia de estar livre do parasita. Dados da secretaria especial apontam que 100% do salmão importado pelo Brasil vem do Chile, e que 89% dele é fresco. Em 2004, foram importadas 11.864 toneladas do peixe. Até fevereiro deste ano, foram compradas seis milhões de toneladas.

O secretário considerou que pode ter havido falha na fiscalização ou mesmo o lote não ter sido investigado como deveria. "Os procedimentos são adotados, mas acabam não conseguindo chegar a 100% de todos os lotes ou produtos importados no Brasil", disse.

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